
Como não poderia deixar de ser, a paralisação dos servidores municipais mais uma vez deu o tom da sessão da Câmara de Caxias de Sul nesta quarta-feira. Novamente o clima foi tenso.
A primeira manifestação foi do líder de governo, vereador Daniel Santos (Republicanos). Ele voltou a argumentar que a istração tem interesse em resolver a questão e disse que o ganho real de 1% ofertado — e não aceito pela categoria — vai custar R$ 16 milhões por ano.
Ao dizer que os servidores já tiveram aumento 4,83% para reposição da inflação, foi rebatido pela vereadora Rose Frigeri (PT), que argumentou não ser um ganho real.
Ao longo da sessão, os servidores voltaram a ocupar o plenário, e o Executivo foi alvo de cobranças por não receber os vereadores para debater a questão.
Na terça-feira (20), o município ofertou mais 0,5% de reajuste, rejeitado pela categoria.
Condições de trabalho
Ao longo do debate, os vereadores levantaram ainda um outro motivo para a paralisação que vai além do financeiro: as condições de trabalho.
Não é a primeira vez que o tema surge em debates no Legislativo e a questão ganhou força com o esfaqueamento de uma professora em abril. O magistério, inclusive, costuma ser a categoria mais citada quando o tema é levantado.
Acerto de contas (1)
Os questionamentos não ficaram apenas na questão dos servidores. A vereadora Daiane Mello (PL) cobrou o Executivo de promessas de campanha, como a construção do Parque Automotivo, que agora o município busca outra área. Na manifestação, ela exibiu um vídeo de setembro do ano ado e publicado pelo vereador Wagner Petrini (PSB), que atualmente é vice-líder do governo.
As imagens mostram uma máquina trabalhando no terreno que abrigaria o espaço e agora vai receber apenas o Parque Rural. As obras, na verdade, nunca chegaram a começar. Na manifestação, Daiane também rebateu a declaração de Petrini, na sessão anterior, de que ela teria "virado o coxo para o governo" por ter ocupado cargo. A vereadora disse não ser "porca nem vaca para virar o coxo" e cobrou respeito.
Acerto de contas (2)
Os ânimos acirrados resultaram em mais bate-boca com ataques pessoais. Incomodado com as críticas e com publicações de Daiane e do vereador Capitão Ramon (PL) a respeito do prêmio concedido a um empresário em prisão domiciliar, Petrini fez acusações a ambos, que reagiram. O vereador Elói Frizzo (PSB) tentou apaziguar os ânimos, sem sucesso.
Por mais de uma vez, a sessão precisou ser suspensa. Inclusive durante uma discussão entre Rafael Bueno (PDT) e Rose Frigeri (PT).
Homenagem aos 150 anos da imigração

Depois da Assembleia Legislativa, na terça-feira (20), nesta quarta-feira (21) foi a vez da Câmara de Caxias abrir espaço para a celebração dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul.
A homenagem teve declarações do presidente da Casa, vereador Lucas Caregnato (PT), e da secretária da Cultura, Tatiane Frizzo. Também houve apresentação do Grupo de Filó Felice Personne e do cantor Valdir Anzolin.