Criar uma startup do zero em 54 horas. Este é o objetivo do Techstars Startup Weekend que acontece na Arena UPF Parque em o Fundo, no norte do Estado. O evento iniciou na sexta-feira (23) e segue até este domingo (25) onde 12 equipes apresentarão suas ideias para os jurados.
Com cerca de 80 inscritos, o primeiro dia do encontro contou com 35 apresentações de negócios. Cada participante teve 40 segundos para expor as ideias que aram por votação e constituíram grupos com diferentes problemas e soluções.
— A partir dessa constituição dos grupos eles começaram a trabalhar e identificar o problema que tem por trás dessa ideia, que é um problema relevante e merece ser resolvido. Em seguida começaram a trabalhar efetivamente na solução para apresentar neste domingo (25) para uma banca de jurados — explica um dos organizadores do evento, Diego Gazaro.
A proposta da metodologia Techstars é desenvolver melhores empreendedores e tem como base a jornada zero to hero, ou seja, do zero ao herói. A linha de trabalho segue da seguinte forma: após definirem e validarem um problema com a sociedade, o grupo precisar encontrar uma solução e vendê-la.
— A intenção é que saiam daqui mais e melhores empreendedores, pessoas que entendam que para começar qualquer negócio é preciso perguntar para as pessoas se existe um problema. Vemos muita startup quebrando porque resolveu criar uma solução para um problema que não existia ou que existia para um nicho muito pequeno — afirma Mariê Marin, facilitadora do evento.
Durante todo o período de atividades, os participantes aram por validações com oito mentores de o Fundo, Porto Alegre, Florianópolis e Ijuí. Conforme Gazaro, o perfil dos inscritos é diverso e abrange desde o público jovem até o mais velho.
— Temos também esse público mais maduro que já tem uma empresa, outros que gostariam de criar novos negócios e que gostariam de entender essa jornada mais estruturada de empreender — disse.
Problema x solução

Entre os 80 participantes do Techstars Startup Weekend está o Israel Bigois. O corretor de seguros decidiu realizar a inscrição por curiosidade. A intenção inicial era conhecer melhor o ecossistema das startups, inovação e tecnologia, mas sairá da experiência com duas intenções de compra do novo produto criado durante o evento.
O problema encontrado pelo grupo foi a dificuldade que empresas enfrentam no dia a dia para operar mais de um sistema de trabalho.
— Criamos uma solução de integração de sistemas através de uma IA. Ela não vai substituir esses sistemas, mas vai unificá-los na hora do trabalho. Conseguimos validar a ideia com mais de 85 empresas e já temos dois interessados. Tem sido bem legal essa experiência. Já saí ganhador só pelo grupo que formamos e pela experiência de desenvolver uma ideia — disse.

Quem também decidiu se inscrever para a experiência imersiva de 54 horas foi a professora Daniela Gay.
— Algumas coisas me inquietam profissionalmente. Sinto falta de algumas coisas que facilitariam o meu trabalho. Além de conhecer esse mundo do empreendedorismo e startups que é novo para mim, meu objetivo aqui também é criar algo que auxiliasse no meu trabalho — disse.
Além de Daniela, o grupo da professora também conta com outras quatro mulheres do mesmo setor profissional.
— É um desafio hoje para nós gerenciar projetos interdisciplinares. Precisamos de algo que facilite a nossa vida neste sentido. E a nossa solução seria a criação de uma plataforma de gerenciamento de projetos, assim como grande empresas também tem neste sentido — explica.