Nos primeiros cinco minutos após a abertura do Ecobrechó, marcado para começar às 18h desta quarta-feira (14), as pilhas de roupas e sapatos do evento, promovido pelo curso de Design de Moda da Universidade de o Fundo (UPF), começaram a diminuir.
A iniciativa do movimento sustentável surgiu através da disciplina de Marketing de Moda, coordenada pela professora Cida Israel. Logo na entrada do prédio B2 do campus 1 da universidade, era possível encontrar araras de roupa com jaquetas, tricôs, calças, vestidos, entre outros.
O clima de curiosidade e empolgação para conferir as peças reforçou o propósito da 9ª edição evento: incentivar a troca e a circularidade de roupas usadas.
— Nós ainda estamos trabalhando essa questão da cultura do brechó, porque na cabeça de muitas pessoas o brechó ainda é um descarte, e não é. A gente realiza o brechó para circular as peças. É o que chamamos de moda circular. Nem todas as peças que deixamos de usar são roupas inutilizáveis — explica a professora.
O Ecobrechó funcionou em formato de troca: até a segunda-feira (12), os participantes que doassem roupas, calçados, bolsas e órios em bom estado e higienizados, recebiam créditos proporcionais à quantidade de peças doadas. Os créditos foram usados na escolha de novos itens.

Quem aproveitou a oportunidade para renovar o armário foi a Roseli Fátima Bello. Com duas sacolas cheias de roupas de inverno, a auxiliar de limpeza somou um crédito de mais de R$ 500 após fazer uma limpa no próprio guarda-roupa.
— O meu valor era o maior da tabela. Eu fiz uma limpa no meu armário. Sabe aquela história de "vou usar depois" e nunca usa? Peguei várias roupas de inverno. Depois no próximo inverno eu faço de novo e renovo tudo de novo. É muito bom — disse.