O soldado foi baleado na noite de uma segunda-feira, dia 11 de junho, durante um assalto a ônibus no bairro Menino Deus, na Capital. Mesmo em férias e sem a farda, decidiu reagir a ação dos criminosos, na altura da Avenida Érico Veríssimo.
O soldado estava dentro do coletivo da linha Paulino Azurenha quando dois homens anunciaram o assalto. Um ficou próximo do cobrador e o outro pegaria pertences dos ageiros. Vargas conta que se levantou e anunciou voz de prisão, mas os ladrões prosseguiram e um deles puxou uma arma. O policial tentou disparar, mas a arma falhou.
— Quando dei a voz de abordagem, ele largou o saco e puxou de baixo da camisa a arma. Nesse momento, eu fui dar um disparo, mas a arma falhou. Deu uma pane que não consegui identificar o que era. Não consegui resolver e ele deu dois disparos. Um de raspão e um segundo que fez maior estrago — lembrou.
O soldado conta que o tiro perfurou o rim e atingiu sua coluna.
—No momento em que fui atingido já não senti mais minhas pernas— recordou, com a voz trêmula.
O soldado foi levado no próprio ônibus até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde ou por cirurgia. Ele ficou seis meses internado no Hospital da Brigada Militar.
O PM trabalhava no grupo da Rocam, o pelotão de motos do 9º Batalhão da Brigada Militar. Estava na corporação há um ano e seis meses, mas havia concluído o curso de soldado havia apenas quatro meses. Agora, está afastado, se recuperando. O soldado ainda planeja o futuro na profissão, mas diz que o momento é de ficar mais próximo da família.