Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que um esquema de fraude envolvendo descontos associativos pode ter desviado mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre 2019 e 2024.
Uma operação dos dois órgãos, em 23 de abril, afastou o presidente do INSS, que acabaria demitido. A repercussão do caso levou também à saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
De acordo com a investigação, segurados do INSS eram registrados, de forma irregular e sem o conhecimento deles, em associações de aposentados. Com isso, havia descontos mensais nas aposentadorias e pensões. O dinheiro era direcionado a estas associações ou sindicatos.
O esquema seria viabilizado pelo vazamento de dados pessoais dos segurados e envolveria, além das associações, corretores.
Os descontos associativos na aposentadoria são legais, desde que feitos com conhecimento e autorização do aposentado ou pensionista. As associações oferecem benefícios como auxílios funerários, odontológicos e psicológicos; colônias de férias, academia e consultoria jurídica.