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Muitas das novas siglas seguem a tendência de não apenas mudar o nome, mas tirar o "P", de partido, para se distanciar desse conceito.

– O Avante, do PT do B, dá uma ideia de o país avançar, ir em frente. Palavras de ordem acabam tendo impacto na opinião pública. Não são novos nomes de partidos, são slogans – disse Manhanelli.

O PTN mudou para Podemos. O PT do B e o PSDC querem virar Avante e Democracia Cristã. Agora, o último a demonstrar vontade em trocar de sigla foi o PMDB.

Nesta semana, o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), disse que, para "ganhar as ruas", a legenda voltaria a usar o nome que levava na ditadura militar: Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Nem todos já apresentaram a mudança para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, se quiserem que as novas siglas apareçam nas urnas em 2018, o pedido deve ser oficializado até outubro. Segundo o TSE, foram 14 mudanças em nomes de partidos desde a Constituição de 1988.

A mera alteração de nome, porém, é vista com ceticismo pelo cientista político Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

– Os partidos políticos e o Congresso têm baixíssima taxa de confiança perante à população. Então, se você muda o nome, mas não muda a estrutura, isso não vai mudar a opinião dos eleitores sobre os partidos – opina.

Para a cientista política Lara Mesquita, da Fundação Getulio Vargas (FGV), essas mudanças de nome são uma reação à crise de representatividade. Segundo ela, isso, contudo, não é necessariamente ruim.

– Mudança pode ser positiva quando há uma mudança programática – avalia.

No entanto, como exemplo negativa ela cita o PFL, que se tornou Democratas (DEM) em 2007

– O PFL, quando muda para DEM, está claramente tentando rejuvenescer, eles mudam toda a 'elite'. Elite entre aspas, porque acabam colocando na liderança os herdeiros dos antigos líderes – critica.

O DEM é o partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do prefeito de Salvador, ACM Neto. O primeiro é filho do ex-prefeito do Rio César Maia e o segundo, neto do ex-governador Antonio Carlos Magalhães.

Hoje, o DEM avalia uma nova troca de nome: Centro Democrático.

Mas, para o presidente do partido, José Agripino (RN) este é o último item entre as prioridades da legenda.

– É uma opção de cada um, de cada partido, mas renovação se faz com exibição de ideias e protagonistas que praticam essas ideias, e nós queremos priorizar a gestão pública – diz.

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