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  • Os interessados precisam ter renda anual de até R$ 500 mil e estar no Pronaf, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

    O projeto também está disponível para aqueles que tiverem pendências relacionadas a cartões e empréstimos nas instituições financeiras em atraso de mais de 180 dias, Crédito Instalação e valores já inscritos na Dívida Ativa da União (DAU), como impostos e outros débitos federais.

    Como aderir ao programa

    Quem estiver inscrito na Dívida Ativa da União pode ar o site Regularize com seu F e selecionar "Consultar Dívida" para selecionar suas opções de pagamento.

    Se a dívida for do Pronaf ou outras adquiridas junto aos bancos, o produtor deve procurar sua instituição financeira para regularizar a situação.

    Já se a dívida for de Crédito Instalação, o interessado pode ir direto ao Incra para quitar os débitos com desconto ou ar a Sala da Cidadania.

    Quais são os descontos

    Os acordos de refinanciamento variam conforme o valor em atraso.

    Os maiores descontos são concedidos para assentados da reforma agrária e quilombolas que têm dívidas em financiamentos de instalações. Os descontos podem chegar a 96%.

    Agricultores na Dívida Ativa da União há mais de um ano e no valor de até R$ 91 mil podem parcelar o pagamento em até 60 meses.

    Cada banco tem a sua própria oferta de descontos e cabe a cada instituição financeira definir as condições dos descontos.

    Até quando é possível aderir

    Para as dívidas inscritas na Dívida Ativa da União, o prazo vai até 30 de maio de 2025. Para as demais dívidas, o prazo se estende até 31 de dezembro de 2025.

    Foco na produção

    O objetivo do programa é fazer com que os beneficiários possam voltar a ar o crédito rural, investindo na produção de alimentos, que vem pressionando a inflação no país.

    Conforme o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a medida permite à União recuperar recursos perdidos ou inscritos na DAU. Do outro lado, permite que produtores recuperem a condição de produzir e de ar o crédito.

    De acordo com o ministro Paulo Teixeira, não há custos para o Tesouro por causa do programa. Portanto, não há impacto fiscal.

    LECO VIANA / Thenews2
    Ministro Paulo Teixeira não projeta impactos fiscais com Desenrola Rural.

    Recorte limitado

    Para o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, a medida é bem-vinda para pequenos agricultores endividados. O mecanismo operado a cargo dos bancos, contudo, limita o escopo de produtores que poderiam ser atendidos, analisa.

    — O programa é muito bom para quem se enquadra. Mas os demais produtores do Pronaf não conseguem ar porque o governo deixou a cargo dos bancos. Por isso, estamos pedindo o Desenrola 2, que venha para os demais agricultores — diz Joel.

    O representante da Fetag acrescenta que o maior problema do endividamento no RS está entre os produtores que têm grande número de dívidas a vencer no curto prazo e que não conseguirão honrar com os pagamentos.

    — Tudo que foi prorrogado do ano ado, os produtores não vão poder arcar. O Desenrola não pega esses produtores e esses estão desamparados.

    Anselmo Cunha / Agencia RBS
    Carlos Joel da Silva, da Fetag-RS, defende ampliação do programa.


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