- Feito a partir do leite cru de raças de corte ou mistas, das quais se produz tanto carne quanto leite. A atividade começou com o gado trazido pelos jesuítas, depois foram incorporadas outras raças europeias, como o gado normando, e, posteriormente, raças inglesas como angus e hereford.
- Gado se alimenta apenas com pastagem do campo. 

Colonial

Roni Rigon / Agencia RBS

- Elaborado em diversas partes da região sul do Brasil, incluindo todo o Rio Grande do Sul.
- Utiliza matéria-prima de gado leiteiro, sendo as raças mais comuns a holandesa e a jersey.
- Alimento do gado leiteiro não tem restrições, podendo ser até mesmo ração.

Formalização pode quintuplicar preço do produto

Fernando Kluwe Dias / Seapi,Divulgação

Um dos primeiros produtores regularizados conquistou o registro em junho do ano ado: José Luiz Marques Cardoso, de São Francisco de Paula, proprietário da queijaria Sopro do Minuano. Com financiamento, ergueu o prédio que aloja microquejaria, com parte de fabricação e sala de maturação, requisito para obter o registro como agroindústria.

Em menos de um ano, o queijo já representa 80% da receita da família. Cardoso trabalha junto com a mulher Inez, e tem orgulho em afirmar que a atividade possibilitou pagar a formação do filho Marcio, que também atua em parte da semana na propriedade.

– Lidando com gado de leite e queijo, nós, dentro do queijo, conseguimos até formar um filho como técnico agrícola.

Depois da autorização municipal, a marca obteve registro que permite a venda do queijo em todo o Estado por meio do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf). Desde 27 de janeiro, o produto é comercializado também no Mercado Público de Porto Alegre. Com os registros, aumentou o valor agregado do produto. Hoje, o queijo está entre R$ 30 e R$ 40 o quilo. O extensionista da Emater João da Luz afirma que, antes da regularização, a peça de serrano era vendida a R$ 8, em média.

Um dos desafios é buscar a formalização estadual de produtores dos municípios da região e, depois, a adequação às exigências do Ministério da Agricultura para vender para todo o país. Outras frentes são obter o tombamento do queijo junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a exemplo do queijo Minas, e também a obtenção junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial da denominação de origem para o queijo serrano, que pode se tornar o primeiro do país a ter esse selo, segundo Luz. Para isso, a Emater dá apoio técnico e informação ao produtor que quer se regularizar e faz o encaminhamento às fontes de financiamento.


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