Procurada por GaúchaZH, a assessoria de imprensa da turnê brasileira tentou contato com o cantor na manhã desta segunda-feira (3), mas afirmou que não conseguiu confirmar a abordagem. Sobre o fato de o artista frequentar a noite após seus shows, a assessoria disse se tratar de uma marca do músico a vontade de conhecer os espaços culturais nas cidades onde se apresenta. Depois da agem pelo Estado, o cantor estaria em deslocamento para o Rio.
Questionada sobre a identificação de Drexler, a Brigada Militar informou estar a par da repercussão da presença do músico internacional na festa, mas disse não poder confirmar o nome de nenhum dos identificados na operação por questão de protocolo.
A ação realizada integra o programa Pacto Pela Paz, que busca coibir infrações na área central de Pelotas. Corpo de Bombeiros e Ministério Público tinham, de acordo com a BM, fiscalizações para executar nos dois estabelecimentos visitados. O relato de que os clientes foram retirados, identificados e revistados foi confirmado pela corporação. Mas a reclamação de truculência é rechaçada.
— Quando fazemos uma ação como essa, há normas técnicas que devem ser observadas. Não se pode fazer uma busca por armas e drogas sem verificar no bolso o que a pessoa tem, sem solicitar que as mulheres abram a bolsa, sem uma revista. Para isso, policiais homens revistam os homens e policiais femininas revistam as mulheres. Muitas vezes, as pessoas podem se sentir invadidas com esse procedimento — explica o major Márcio Facin, subcomandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Sem confirmar a presença do músico no local, o major reforça que nenhuma ocorrência em relação a Drexler foi registrada. De acordo com Facin, nessa mesma casa noturna, três pessoas foram flagradas com posse de drogas pela revista. No outro estabelecimento, adolescentes foram encontrados e levados aos responsáveis.
— Entendemos as queixas de algumas pessoas, mas também tivemos muitos cidadãos nos elogiando, por exemplo, por termos tirado 50 menores que estavam na outra casa noturna. Não sei se todos botaram a mão na parede, mas se existe uma parede no local de uma operação, o policial tem uma condição melhor para atuar, sobretudo quando há um número maior de pessoas. Se ocorre algo irregular, investigamos, mas ninguém nos trouxe irregularidade até agora — diz o subcomandante.