"Trata-se de um filme político", diz diretora do filme "Que Horas Ela Volta?"

- Eu tinha feito outros dois filmes sobre moda e queria mostrar um lado diferente desse mundo, que fosse menos relacionado com estereótipos e egos. Há uma coisa muito intrigante na maneira como Raf trabalha. Ele me pareceu ser ideal porque representa uma noção de modernidade e de história da arte em seu trabalho. A chegada de Raf na Dior recoloca a clássica contraposição entre inovação e tradição. Isso torna a história atrativa - disse o diretor Frédéric Tcheng em entrevista por telefone a Zero Hora.

O jovem realizador francês - que veio ao Brasil para divulgar Dior e Eu - dirigiu antes os documentários Valentino: The Last Emperor (2008), sobre o célebre estilista italiano, e Diana Vreeland: The Eye Has to Travel (2011), a respeito da influente editora das revistas Vogue e Harper’s Bazaar. Em seu novo longa, Tcheng despe seu objeto de afetações para destacar a paixão, a dedicação e a humanidade de quem labuta nesse métier - do incensado designer à anônima auxiliar de modelagem. Dior e Eu ressalta também como o tímido e reservado Raf Simons, até então conhecido por um estilo minimalista, sente-se pressionado pela figura ainda presente do fundador da maison e mentor do luxuoso new look feminino, que dizia desenhar "mulheres-flor".

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- O filme tem um lado de história de fantasma. Como Raf iria lidar com o ado e colocar sua marca na Dior, respeitando também Christian? A mansão da grife é como uma casa mal-assombrada, que nem no filme Rebecca, a Mulher Inesquecível, de Alfred Hitchcock, em que todo mundo só fala para a nova mulher do patrão sobre a antiga esposa falecida - compara Tcheng.

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