Seus trabalhos mais recentes no cinema foram comédias opacas, figuração em filmes como o drama O Mordomo da Casa Branca e as duas aventuras Uma Noite no Museu (filmou uma terceira, ainda inédita). Trabalhos em que se notava o empenho dele em mostrar o bom ator que era quando não interpretava a si mesmo, como O Som do Coração (2007), aram batidos.
Williams conquistou fãs no cinema por trabalhos marcantes como o radialista histriônico de Bom Dia, Vietnã (1987), o professor humanista de Sociedade dos Poetas Mortos (1989), o pai obstinado de Uma Babá Quase Perfeita (1993), o psicólogo dedicado de Gênio Indomável (1997), papel que lhe valeu o Oscar de coadjuvante, ou os médicos transgressores de Tempo de Despertar (1990) e Patch Adams (1998).
Vez que outra saiu-se razoavelmente bem em papeis dramáticos, como o do psicopata que atormenta uma família em Retratos de uma Obsessão (2002).
Mas eu sempre preferi dele um grande filme do início de sua popularidade no cinema: O Mundo Segundo Garp (1982), no qual vive um aspirante a escritor oprimido pela mãe. Nesse rico personagem, Williams combina graça, ternura e melancolia, características que talvez melhor espelhem sua persona na intimidade.
Em uma entrevista de 2010 ao jornal britânico The Guardian, fazendo referência à retomada do vício ao álcool que o acompanhava desde 2003, depois de 20 anos sem beber, Williams disse: "Fiz coisas repugnantes. Agora é difícil recuperar o que perdi e voltar atrás." Pode ter lhe faltado a força ou a vontade para continuar tentando.