Depois de publicar oito decretos para barrar o contágio de coronavírus em Porto Alegre, o prefeito alertou que as medidas de restrição de circulação de pessoas serão ampliadas. Marchezan suspendeu o funcionamento de escolas, universidades, cinemas, teatros, casas noturnas, academias, clubes e shoppings, além de impor normas a bares e restaurantes.
— As restrições vão aumentar, à mobilidade, ao deslocamento e, principalmente, ao contato físico e à aglomeração, no sentido de recomendar e, se possível, determinar, o isolamento daqueles casos que tiveram indício de estarem contaminados, dos positivados e dos mais vulneráveis. As orientações e determinações que vão orientar o isolamento das pessoas irão aumentar a cada hora, a cada dia e a cada semana. Estamos tentando ser mais rápidos do que a disseminação do vírus — resumiu o prefeito.
Marchezan sugeriu que os demais municípios do Estado, especialmente os da Região Metropolitana, adotem medidas semelhantes e complementares. Para regular o sistema de saúde municipal aguardando internações de pacientes graves com a covid-19, a prefeitura ainda anunciou que o Hospital de Pronto Socorro (HPS) e o Hospital Cristo Redentor irão deixar de atender síndromes respiratórias.
Nos próximos dias, o Hospital São Lucas da PUCRS terá mudanças no atendimento. Os leitos do SUS no São Lucas arão a ser regulados pelo município. A unidade tem capacidade para 30 internações pelo SUS por dia.
— As decisões estão sendo tomadas de forma muito rápida para acompanhar a evolução da disseminação do vírus na cidade. Nós vamos errar, mas estamos bem intencionados. A crise econômica vai afetar os mais pobres do mundo inteiro, no Brasil e em Porto Alegre. Estamos fazendo de tudo para minimizar isso, mas o foco agora é minimizar as consequências em razão da saúde das pessoas — declarou Marchezan, chorando. — Busquem ao máximo, ao máximo, ao máximo, o isolamento, isolamento, isolamento. Fiquem em casa, fiquem em casa, fiquem em casa. Todos. E protejam os idosos — completou.