• Jornada padrão de até oito horas diárias e 44 horas semanais — com possibilidade de até duas horas extras por dia
  • Previsão do pagamento do adicional de 20% sobre a hora diurna para quem trabalha no período entre às 22h e às 5h
  • Intervalo de interjornada determina um descanso mínimo de 11h consecutivas entre o término de uma jornada e o início da próxima
  • Trabalho e saúde

    Ellen Scott / Divulgação
    Ellen Scott cunhou o termo "chronoworking" em 2024.

    A flexibilidade de horário de trabalho, em si, não é novidade nem a primeira proposta que visa a qualidade de vida e um desempenho mais eficiente do trabalhador. Home-office, modalidade híbrida, horário núcleo e até discussões como o fim da escala 6x1 colocam em perspectiva uma série de dinâmicas de trabalho.

    Em janeiro de 2024, Ellen Scott publicou um artigo com tendências trabalhistas que ela esperava para o ano. Entre elas, estava o chronoworking. 

    O texto apresentava outros itens como a “resistência ao trabalho não remunerado nas fases de entrevista”, continuação do trabalho híbrido e a otimização do trabalho, frente a produtividade.

    No artigo, ao propor a ascensão do cronotrabalho, ela ressalta a importância da interação entre trabalho e saúde. Além de ressaltar o papel da confiança nesse processo.

    À reportagem, a jornalista disse que recebe com otimismo o fato do termo ter se espalhado pelo mundo e incentiva conversas sobre trabalhos mais saudáveis e equilíbrio entre vida pessoal e profissional:

    — Também precisamos ser honestos; parar de penalizar as pessoas por quererem trabalhar menos, apenas itir que todos gostaríamos de um pouco mais de vida no nosso equilíbrio entre trabalho e vida pessoal — destaca a jornalista do Reino Unido.

    Juventude no mercado

    Ellen afirma que, apesar do cenário não ser o ideal, está “esperançosa para o futuro” principalmente pelos debates atuais.

    Além disso, a jornalista destaca a importância da juventude nesse papel, assunto que ela fala no livro Trabalhando com Propósito, que ainda não foi lançado.

    — O que me deixa otimista é a forma como vejo os trabalhadores mais jovens se recusando a aceitar práticas de trabalho tóxicas. (...) A geração mais jovem tem abordagens muito mais saudáveis do que eu tinha quando comecei: eles são ambiciosos, mas de uma forma que não significa sacrificar seu bem-estar — diz.

    Ellen também defende a importância de um trabalho com propósito e um ambiente que traga benefícios e prazer ao colaborador — já que o emprego acaba ocupando uma significativa parcela da vida das pessoas.

    — Espero que no próximo ano a gente comece a questionar o que nossos empregos nos oferecem além de dinheiro. Não deveríamos simplesmente aceitar ar uma grande parte do nosso tempo fazendo algo que nos deixa infelizes. Espero que no próximo ano a gente comece a pedir mais: um trabalho significativo, gratificante e que a gente realmente goste — conclui.

    *Produção: Estfany Soares

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