Na justificativa, o Piratini sustenta que "o piso regional incide sobre o salário de categorias de trabalhadores que não têm previsão diversa em convenções ou acordos coletivos e àqueles que vivem na informalidade, na base da pirâmide social".
A proposta, diz o governo, "recompõe o piso regional ante os efeitos da inflação e conserva a valorização da mão de obra regional, preservando a competitividade do Estado em relação aos entes federados com características socioeconômicas semelhantes ao Rio Grande do Sul".
O governo menciona que em análise feita pelo Departamento de Economia e Estatística, da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, registrou-se que a taxa de desocupação e da informalidade se elevou no período recessivo e ainda persiste, demonstrando a dificuldade de superação desse cenário pelo mercado.
Leite também não atendeu à demanda dos sindicatos de trabalhadores, que pediam aumento do piso regional em 8,12%. E justificou:
"Em uma economia onde existem muitos agentes econômicos demandando mão de obra, a política de salário mínimo, ao aumentar o preço da mão de obra, faz com que os contratantes acabem demandado uma menor quantidade de trabalhadores. A majoração excessiva do piso mínimo salarial pode, portanto, contribuir para o aumento da taxa de desemprego e, principalmente, um aumento no nível de informalidade da economia. Por outro lado, haverá a elevação do preço da mão de obra dos indivíduos empregados no setor formal da economia, aumentando a desigualdade de renda".
Ao final da justificativa, o Piratini diz que o projeto "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas por este mecanismo no âmbito estadual".
O presidente da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, se diz "inconformado" com a proposta e afirma que a medida prejudica as empresas:
— É inissível. Isso complica negociações coletivas. A economia mostra que a iniciativa privada não tem como se recuperar, não faz sentido fazer as empresas pagarem. Vai levar muito tempo para recuperar essa diferença. Não esperávamos que o governo fizesse isso.
Já o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, o reajuste é considerado "insuficiente" para o trabalhador:
— Pelo terceiro ano consecutivo, o governo do Estado concede um reajuste que é insuficiente, que não repõe a integralidade da inflação, e isso faz com que se acumule perdas ao salário mínimo regional.
Segundo Vidor, foi solicitada reunião com lideranças da Assembleia Legislativa para "tentar uma proposta melhor do que a oferecida pelo governo".
Para trabalhadores das seguintes áreas:
Para trabalhadores das seguintes áreas:
Para trabalhadores das seguintes áreas:
Para trabalhadores das seguintes áreas:
Trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes.