O programa Trait (Espírito de Equipe, Respeito, Responsabilidade, Integridade e Transparência) vem sendo, desde 2018, a base da gestão de pessoas. Empresas sustentáveis serão as que tiverem diversidade e inclusão. Não é só diversidade em gênero, raça, é cultural, de experiências. Isso vai desde o estagiário até os executivos da empresa. O consumidor também é diverso. A AGCO busca ser diversa de gênero, de idade. Temos políticas de gestão de pessoas que privilegiamos. Queremos fortemente aumentar o número de mulheres, não só na liderança. E, embora atuamos no segmento agro, não buscamos só pessoas do setor.

Há algum espaço em que a diversidade de gênero, principalmente, representa um desafio?
Algumas são mais fáceis, outras mais difíceis. Isso acontece mais em engenharia e manufatura, há espaço para crescer. Como temos essa visão de longo prazo, tentamos ter o equilíbrio. Às vezes, é melhor investir nas competências que a pessoa não tem ou abrir mão de algumas competências. 

Vocês fazem um levantamento para mapear a diversidade na companhia?
Sim, fazemos. Acho que nos próximos três anos teremos um equilíbrio muito maior, principalmente porque estamos trabalhando desde o início (desde o processo seletivo para o estágio). Vamos mudar o patamar.  Hoje, tenho dois componentes. Um deles é que não tínhamos muitas mulheres em Engenharia. Outra coisa é a atratividade do agro. Antes tínhamos de buscar as pessoas. Hoje é o contrário.

O que tornou o agronegócio atrativo do ponto de vista profissional?
Primeiro, a contribuição na economia, o fato de ser o setor que sustenta o PIB do Brasil. O agro é tão vasto, que tem um mar de oportunidades. Outra coisa é o dinamismo. Também  houve uma inversão daquele movimento das pessoas que iam do campo para a cidade. Acho que tudo isso despertou atratividade. A AGCO é uma das maiores do mundo, vem com apelo sustentável de negócios. E tem ainda o propósito de trabalhar para alimentar o mundo. 

No RS, o sindicato das indústrias de máquinas diz que tem empresa realizando treinamento para conseguir preencher as vagas, porque falta gente. Esse é o caso da AGCO?O agro está crescendo e vai crescer muito. Primeiro, sempre itimos na base. Capacidades podem ser desenvolvidas. O que faço é promover quem já está dentro e criar novas oportunidades, treinar na função básica. Só em manufatura, foram itidas 900 pessoas no país em 2020. Exceto em posições específicas. Às vezes, é preciso buscar no mercado.

Que características deve ter a pessoa que busca uma carreia no agronegócio?
Tem de gostar de poeira. Embora seja importante dizer que tem muita oportunidade que não é no campo. É um perfil de agilidade, simplicidade e resolução de problemas. O mercado está se movimentando muito. A exigência do consumidor final é muito diferenciada, esse segmento está muito baseado em tecnologia. Então, tem de ser pessoas com "mind set" digital. Competência a gente desenvolve. 

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