A secretária aborda as limitações técnicas citadas pelo integrante da equipe do MapBiomas:
— Há uma dificuldade, sim, de uma identificação de campo nativo e exótico. Então, é esse ponto que fica. Mas, para nós, o bioma é muito maior que isso. E nós tratamos com a necessidade iminente de autorização para conversão para uso de solo.
A titular da pasta fala que ocorre acompanhamento do governo estadual quando existe solicitação de conversão.
— Ainda que o indivíduo tenha campo nativo e vá converter para soja, por exemplo, ele necessariamente precisa de uma alteração de conversão de uso de solo. Se ele não tiver essa autorização certamente será verificado não só no MapBiomas. Nós temos outros sistemas de monitoramento que enxergam isso. Não havendo essa autorização, ele é autuado e embargado.
Sobre os dados relacionados à Mata Atlântica, a secretária fala o que pensa:
— Nós tivemos uma grande redução (desmatamento) no ano ado. E neste ano tivemos a manutenção dos índices. Não tivemos redução no número de focos, mas tivemos muitos deslizamentos de terra e todos eles no bioma Mata Atlântica. Começamos a avaliar e são mais de 10 mil pontos. Então é um fator que pesou demais no relatório anual do desmatamento.
A secretária Marjorie salienta que as iniciativas em desenvolvimento contribuíram para atenuar os efeitos dos gases de efeito estufa na atmosfera.
— Toda a área de desmatamento é uma área potencial em emissões de gases de efeito estufa. Então, nós temos uma ação que não é só do ponto de vista da perda da biodiversidade, mas também do aumento da emissão do CO2 que se inibiu com essa redução de desmatamento — conclui.